sábado, 3 de janeiro de 2009

Muito interessante

As emoções são frequentemente entendidas como os produtos menos disciplinados e lúcidos da mente humana.
Na verdade, esse entendimento constitui um erro.
As emoções são um dos mais inteligentes sistemas adaptativos de que dispomos (e que também servem muitas outras espécies animais).
Elas existem para cumprir vários papéis, um dos quais é a sobrevivência.

Estudar e compreender as emoções e as suas nuances deve ser uma preocupação de todos aqueles que buscam o prazer de viver e a felicidade.
Infelizmente, não é matéria escolar e isso constitui um dos pontos fracos do sistema de ensino.
As crianças aprendem a usar o intelecto para registar muita informação mas nada lhes é fornecido para aprenderem a conhecer-se melhor a si mesmas e aos outros.
Quando muito, têm aulas de educação cívica, moral e ética que pouco mais informam do que umas quantas regras básicas de comportamento.

O papel do prazer:
- Um dos sentimentos mais curiosos do nosso mundo emocional é o prazer.
O prazer é decididamente um instrumento de sobrevivência que também está presente num largo número de espécies animais, mesmo entre aqueles que nos parecem menos dotados de racionalidade como são os répteis.

Buscando o prazer sensorial, os animais partem à procura de situações que os façam sentir bem.
Com isso diminuem o stress, melhoram as suas defesas imunitárias e sentem prazer de viver pois dá-hes uma sensação de bem-estar.
Podem não raciocinar sobre isso, como nós fazemos, mas está provado que o prazer altera as suas reacções e comportamentos.
As animais também amam:
- Um dos fenómenos que está a ser estudado é a aliestesia, isto é, a capacidade que os animais têm de perceber o que é agradável e o que é desagradável fazendo-os mudar de ambiente para procurarem sentir-se melhor.
Poderá ser instintivo mas isso acontece.

Outro aspecto interessante é que muitos animais, tidos como "menores", como muitos mamíferos e as aves, podem demonstrar comportamentos afectuosos, amor entre si mesmos e até com os humanos que os tratem bem.
É conhecido o caso dos corvos que acasalam com o mesmo parceiro ao longo da vida. Para muitos cientistas este comportamento reflecte alguma forma de prazer partilhado, ou seja, um reflexo de amor, talvez não percebido pelos próprios mas que os seus cérebros denunciam quando examinados em laboratório.

Nelson S Lima

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