quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um pai, "bem de vida", querendo que o seu filho soubesse o que é ser pobre, levou-o a passar uns dias com uma família de camponeses.

O rapaz passou 3 dias e 3 noites a viver no campo. No carro, ao voltar para a cidade, o pai perguntou-lhe:

Como foi a tua experiência?

Boa, respondeu o filho, com o olhar perdido à distância.

E o que é que tu aprendeste? Insistiu o pai.

O filho respondeu:

1 - Que nós temos um cachorro e eles tem quatro.

2 - Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras belezas.

3 - Que nós importamos lustres do Oriente para iluminar o nosso jardim,enquanto eles tem as estrelas e a lua para os iluminar.

4 - O nosso quintal chega até ao muro. O deles chega até ao horizonte.

5 - Nós compramos a nossa comida, eles cozinham-na.

6 - Nós ouvimos CD's... Eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, periquitos, sapos, grilos e outros animaizinhos...tudo isto às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha a sua terra.

7 - Nós usamos microondas. Tudo o que eles comem tem o glorioso sabor do fogão a lenha.

8 - Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes...eles vivem com as suas portas abertas, protegidos pela amizade dos seus vizinhos.

9 - Nós vivemos ligados ao telemovel, ao computador, à televisão. Eles estão 'ligados' à vida, ao céu, ao sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras, à sua família.

O pai ficou impressionado com a profundidade do seu filho e então o filho terminou:

- Obrigado,Pai, por ter me ensinado  como somos pobres!

Cada dia estamos mais pobres de espírito e de observação da natureza.

Preocupamo-nos em TER, TER, TER, E CADA VEZ MAIS TER, em vez de nos preocuparmos mais em SER:
SER cada vez mais,
SER cada vez melhor,
SER verdadeiro,
SER livre,
SER completo.
 

A rejeição e o medo de falar em público!!

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Isabel Perry

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Um dos pontos de maior dificuldade de compreensão no campo de desenvolvimento pessoal é por que motivo é tão difícil sair do lugar, superar as dificuldades e crescer em busca de um “eu” mais equilibrado e satisfeito com a vida e as próprias conquistas.

A resposta está no âmago da personalidade de cada um de nós: o nosso maior problema é a vaidade, o orgulho.

A maioria das pessoas consegue identificar pontos fracos a serem trabalhados e superados até o ponto em que esses problemas chegam ao limite do ego.

Daí para a frente, os traços mais difíceis e verdadeiros "vilões" na nossa vida ficam escondidos no nosso "ponto cego".

Somos incapazes de os ver e se por acaso outra pessoa os identificar e os expuser a nós, reagimos como um bicho ferido, com agressividade e negação.

Negamos ter tal problema ou defeito e reagimos com descrença e raiva, fechando-nos contra maiores ataques ao nosso ego ferido.
Essa postura imatura é o que mais dificulta o nosso crescimento e amadurecimento.

De facto, a maior diferença entre uma pessoa verdadeiramente madura e outra imatura é o nível de orgulho de cada uma.

A pessoa madura não tem medo “de se magoar”, pois o seu ego já está exposto, ela não tem vergonha de mostrar quem é e do que é (e não é) capaz, não tem receio de que os outros vejam as suas limitações e dificuldades.

A pessoa imatura falha justamente ao tentar esconder os seus defeitos do mundo exterior, tentando passar uma imagem de perfeição.A timidez nasce exactamente nesse ponto.

A pessoa acha que “deveria” ser perfeita, mas sabe que não é.

Por isso ela tem vergonha que os outros vejam a sua realidade, só se expõe quando acredita que a imagem que vai passar é a mais perfeita possível – senão, pelo contrário, esconde-se, ansiosa de que alguém possa descobrir que ela é uma farsa, que está muito longe de ser perfeita.

Um dos maiores medos que as pessoas têm é de falar em público – pesquisas mostram que esse medo supera o medo da morte em muitas pessoas.

Porque é que as pessoas têm tanto medo de falar frente a uma audiência?
Porque nessas situações a pessoa está a expor-se ao máximo, todos os olhos estão voltados para ela, ela sabe que está a ser julgada, observada, analisada.

Quanto mais orgulhosa á a pessoa, mais medo de falar em público tem!

A mera possibilidade de rejeição mina qualquer motivação ou vontade que a pessoa tenha de superar os seus medos, pois, no final das contas, o ego vence.

Mas qual será então a solução para tal problema?

Se o orgulho é uma das mais poderosas forças que regem a nossa sociedade, como podemos superar esse medo da rejeição e amadurecermos mais rapidamente?

Uma das mais infalíveis técnicas é criar “uma casca grossa”, expor-se tanto e ser rejeitado tantas vezes que acaba por “aprender na marra”, através da experiência própria, que esse orgulho todo é pura tolice.

O segredo é expor-se sem se importar com a rejeição em situações em que a rejeição é quase certa.

O truque é ser rejeitado mesmo, diversas vezes!

Quanto mais rejeição debaixo do braço tu tiveres, menos te importarás com o teu próprio orgulho e mais aprenderás que o medo é maior do que a rejeição em si.

Fran Christy