quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Serás tu como uma “fonte” ?

site do neuroCrescimento



Um dia, um mestre hindu, numa das suas aulas, falava com os seus discípulos, contando-lhes que existiam três tipos de pessoas:
 
1 – Vaso: Retém e não dá nada.
2 – Canal: Dá e não retém.
3 – Fonte: Produz, dá e retém.

E continuando o mestre explicou:

- As pessoas Vaso:
O seu único objetivo é armazenar conhecimentos, objetos e dinheiro.
São aqueles que acreditam saber tudo que há para saber: ter tudo o que há para ter e consideram que a sua tarefa termina quando concluíram o armazenamento.
Não podem compartilhar sua alegria nem por ao serviço dos outros os seus talentos, nem sequer repartir conhecimento. São extraordinariamente estéreis, servidores do seu egoísmo, carcereiros de seu próprio potencial humano.

-Por outro lado as pessoas-canal:
São aqueles que passam a vida a fazer coisas.
O seu lema é: “produzir, produzir e produzir”.
Não estão felizes se não realizarem muitas atividades e todas com pressa, sem perder um minuto.
Acreditam estar a serviço dos demais, fruto de sua neurose produtiva, quando, na verdade, agir sem parar é o único modo que têm de acalmar suas carências; dão, dão e dão; mas não retêm.
Passam o tempo a dar e sentem-se vazios.

- E existem ainda as pessoas fonte:
São verdadeiras nascentes de vida.
Capazes de dar sem se esvaziar, de oferecer sua água sem terminarem secos.
São aqueles que nos salpicam “gotinhas” de amor, confiança e otimismo, iluminando com seu reflexo a nossa própria vida.
Tornando-se verdadeiros Lideres!

Com qual te identificas?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O que é RESILIÊNCIA? Superação e Resiliência

texto em Brasileiro

Resiliência? O que é isso?

Resiliência é um conceito existente na Física para explicar a propriedade que alguns materiais têm de acumular energia quando submetidos a impacto ou a estresse e voltar ao seu estado original sem deformação.
Um exemplo é a vara do salto em altura que verga ao máximo sem quebrar e volta com toda força para lançar o atleta para o alto.
A psicologia tomou emprestado esse conceito para explicar a capacidade que algumas pessoas possuem de lidar com problemas e impulsionar sua vida quando confrontadas com adversidades.
As pessoas que superam as próprias fraquezas e buscam forças para atingir seus objetivos constituem um exemplo de resiliência.

Cada um de nós possui um ponto mais frágil que precisa ser cuidado com mais atenção. Quando alguma esfera da vida está aborrecida, sem graça e difícil de ser contornada, é sinal de que precisa de mais atenção.
Se percebermos alterações de humor , de disposição para as atividades diárias, aumento de tensão e diminuição da alegria de viver, precisamos usar nossa energia para mudar essa situação.
Não será na farmácia mais próxima que compraremos uma vida mais alegre e produtiva.
É preciso conquistar com esforço a alegria de viver e as lições estão dentro de nós mesmos.

Uma pessoa resiliente não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus fracassos e usa sua energia para lutar.
O fatalismo e o sentimento de vítima do destino passam longe dessas pessoas. Pensamentos como tudo é difícil, não consigo mudar de rumo ou ninguém faz nada por mim, não fazem parte de suas vidas.
Ao contrário, vão à luta para reverter situações indesejáveis.

Toda tentativa de mudança pode produzir insegurança, medo e desejo de manter a rotina já conhecida.
Não adianta a pessoa reclamar do destino, ao invés de tentar mudar e começar algo novo. Se nada for feito, a tendência é de maior agravamento dos problemas a cada dia que passa, podendo surgir sintomas de angústia, depressão, úlcera, labirintite e outros distúrbios psicossomáticos.

É possível ter a ilusão de acostumar-se com os problemas, quando na verdade eles não param de crescer.
Muitas vezes as pessoas insistem em comportamentos negativos e depois reclamam. Reclamar é inútil, pois a única saída é analisar a situação e buscar uma solução. Repetir os mesmos erros e esperar que os resultados melhorem é acumular frustrações. Isso só pode nos deixar infelizes.

Por que muitas pessoas obesas ou com sobrepeso têm tanta dificuldade em perder peso? Por que provavelmente repetem práticas comportamentais e emocionais que dificultam o emagrecimento. De forma simplificada, podemos dizer que essas pessoas ficam presas num círculo vicioso que as impede de concretizar seus objetivos.

Por isso é importante AGIR, começar agora a mudar a situação indesejada: estudar, trabalhar, cuidar da saúde, estabelecer relações prazerosas, adquirir novos hábitos de vida, organizar-se.
Manter vínculos com pessoas que possam dar apoio e estímulo para novas conquistas pode ajudar na superação dos problemas, mas não se deve esperar que façam o papel de salvadores do fundo do poço.
Cada pessoa deverá encontrar a melhor solução para si mesma.
O auto conhecimento é a base para qualquer mudança de vida e muitas vezes a ajuda de um psicólogo pode facilitar esse processo.
Na vida, podemos ser problema ou solução. Se formos apenas problema, ninguém gostará de ficar ao nosso lado, pois provavelmente seremos uma pessoa amarga.
Se formos solução, teremos a chance de conquistar a maturidade com sabedoria. Cada um escolhe o seu caminho!
Está sendo bastante comum escutar nas empresas, nas escolas e a imprensa falar de que temos que ser resilientes.
E os resilientes são aqueles que são capazes de vencer as dificuldades, os obstáculos, por mais fortes e traumáticos que elas sejam.
Pode ser desde um desemprego inesperado, a morte de um parente querido, a separação dos pais, a repetência na escola ou uma catástrofe como um tsunami.
O conceito de resiliência passou de uma fase de “qualidades pessoais”, até ao conceito mais atual de compreendê-la como um atributo da personalidade desenvolvido no contexto psico-sócio-cultural em que as pessoas estão inseridas.
 
Particularmente na educação é possível ter muito mais êxito, se na vida houver flexibilidade de se viver ricamente os vínculos e os afetos que nos rodeiam.
A falta de flexibilidade em situações de traumas e sofrimentos é uma das dificuldades para harmonizar um projeto de vida.
A flexibilidade e a riqueza dos vínculos se tornaram objetos de estudos desde os primórdios da pesquisa sobre resiliência. Elas estavam presentes nas próprias palavras de Frederic Flach, ao cunhar o termo em 1966 para o âmbito das ciências humanas, querendo dizer que em face da desintegração psíquico-emocional, uma pessoa necessita descobrir novas formas de lidar com a vida e dessa experiência se reorganizar de maneira eficaz. Segundo Richardson, por exemplo, muito se pode aprender sobre o que seja resiliência, particularmente quando olhamos para uma pessoa e podemos nela verificar a presença de um padrão de comportamento de defesa, seguido de padrões de adaptação e, por fim, da presença de padrões resilientes.

Esses elementos são organizados e os teóricos costumam chamar de Fatores de resiliência.
Trata-se do “Questionário do Índice de Resiliência: Adultos - Reivich - Shatté / Barbosa”.
A escala mensura sete Fatores que constituem a resiliência:
1) A administração das emoções, descrita como a habilidade de se manter calmo sob pressão.
2) O controle dos impulsos, compreendido como a habilidade de não agir impulsivamente e a capacidade de mediar os impulsos e as emoções.
3) Otimismo, a habilidade de ter a firme convicção de que as situações irão mudar quando envolvidas em adversidades e manter a firme esperança de um futuro melhor.
4) A análise do ambiente, descrita como a habilidade de identificar precisamente as causas dos problemas e adversidades.
5) A empatia, revelando a habilidade de ler os estados emocionais e psicológicos de outras pessoas.
6) Auto-eficácia, como a convicção de ser eficaz nas ações.
7) Alcançar Pessoas, a habilidade de se conectar a outras pessoas para viabilizar soluções para as intempéries da vida.

E, para cada fator constitutivo mensurado com escore “abaixo da média”, interpreta-se como uma área sensível da vida. Quando ocorrerem quatro ou mais fatores como escores “abaixo da média”, compreende-se como uma pessoa em situação de risco. Estes sete fatores foram selecionados por serem concretos e de possível mensuração, podem ser ensinados e melhorados em programas educativos específicos.

E agora, vamos desenvolver resiliência?


Resiliência: o comportamento dos vencedores!

Sabiamente, Carlos Drumond de Andrade, escreveu:
“A dor é inevitável. O sofrimento, opcional”.
Pois, sua lucidez poética já reverenciava uma das maiores capacidades humanas, atualmente muito discutida e valorizada, tanto na esfera pessoal quanto na corporativa: a Resiliência.
Este termo provém das Ciências Exatas, especificamente, da Física; onde se define que Resiliência é a capacidade que um elemento tem em retornar ao seu estado inicial, após sofrer uma influência externa.
Por mais que ele seja pressionado, o mesmo retorna ao seu estado original sem deformação.

Saímos da Ciência Lógica e entramos na humana definição de Resiliência.
Dentro da Neuropsiquiatria, estudos têm demonstrado que nosso cérebro tem a capacidade de se moldar diante dos acontecimentos vivenciados em nosso dia-a-dia, sendo que o ambiente em que estamos inseridos tem grande papel transformador. Nesse sentido, nossa capacidade de renovação é completa.
E não podia ser diferente com nossos pensamentos, atitudes e formas de assimilação para determinados acontecimentos.
Na verdade, a maior certeza que temos é que o ser humano é único e diferente.
Logo, há diferenças comportamentais em cada indivíduo.
Certas pessoas tornam-se resignadas e acabam aceitando, passivamente, os dissabores da vida.
Essa resignação compromete a ação de lutar contra o que ocorre, e a renúncia gera a acomodação frente a cada situação diferente e nova.
Costuma-se dizer que tais pessoas sofrem da "Síndrome da Gabriela":
"eu nasci assim, eu cresci assim, sempre fui assim. Gabriela... Sempre Gabriela...".
Outras são, totalmente, reativas.
O ambiente é que comanda sua satisfação pela vida.
Suas reações são reclamar e praguejar, sendo que nem ao menos tomam alguma atitude efetiva para a mudança.
A revolta é uma das principais características de comportamento.
Mas, há aquelas que além de confrontarem as situações, enfrentam as tensões com desenvoltura, fazendo de cada experiência um aprendizado positivo.
Ao invés de focarem no problema, focam na solução.
Ou seja, desenvolveram ao longo da vida, um comportamento resiliente.

Não é por casualidade que a palavra "desenvolveram" foi adicionada na frase acima. Todos nós podemos ser resilientes.
A Resiliência não é um traço de caráter hereditário que possuímos ou deixamos de possuir. Trata-se de uma conquista pessoal.
Não é à toa que a superação e o crescimento humano são potencializados em momentos de dificuldade!
O ser humano precisa enfrentar desafios para testar seus próprios limites.
Quantos de nós já não vivenciamos situações de total dificuldade e quando pensávamos que não haveria mais saída, tempo ou solução, acabamos reabastecendo-nos de mais energia ainda?
Para responder tal questionamento, destaco duas variáveis fundamentais para o fortalecimento da Resiliência: disciplina e autoconfiança.
A primeira vem através do tempo. Esta nos ensina que nosso processo evolutivo é construído diariamente; pois, o problema não está em nossa realidade, mas na forma como a interpretamos.
Sabemos que não somos senhores do tempo, nem podemos evitar todas as situações desagradáveis; mas, a maneira como reagimos a elas é que definirá o nosso sucesso.
Quanto à autoconfiança, essa é a maior característica do comportamento resiliente.
A superação só acontece porque, antes de tudo, acreditamos em nosso potencial regenerativo, em nossa capacidade de crer e agir em prol do positivo.

Outra análise que pode ser feita, é que a baixa Resiliência tem legitimado a não permanência de muitos profissionais no mercado corporativo, pois nunca, em momento algum, fomos tão cobrados pela nossa capacidade de flexibilização diante das dificuldades.
O indivíduo que não consegue gerenciar e reverter uma situação adversa, precisa mudar o foco, ajustar as velas, "resignificar" o seu modo de vida, para que tais obstáculos e acontecimentos diários sirvam como promoção de seu desenvolvimento pessoal e profissional.




Resiliência reduz riscos de doenças e melhora a qualidade de vida
O estresse é uma realidade observada hoje nas mais diferentes áreas e setores.
Como manter a qualidade de vida e o equilíbrio emocional?

A resposta é simples: treinando a capacidade de cada indivíduo de desenvolver a resiliência.
O termo vem da física e significa a capacidade humana de superar tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades.
O resiliente é aquele que recupera-se e molda-se a cada "deformação" (obstáculo) situacional.
O equilíbrio humano é semelhante à estrutura de um prédio, se a pressão for superior à resistência, aparecerão rachaduras (doenças e lesões, por exemplo).
Dentre as mais diferentes doenças psicossomáticas que se manifestam no indivíduo que não possui resiliência, estão não apenas o estresse, mas doenças graves como a gastrite, incluindo ainda problemas como vaginites, doenças intestinais, hipertensão arterial, entre outros males.

Durante o ciclo de vida normal, é necessário ao indivíduo desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as passagens com "ganhos", nas diferentes fases: infância, adolescência, juventude, fase adulta e velhice, incluindo mudanças como de solteiro para casado.

O indivíduo que possui resiliência desenvolve a capacidade de recuperar-se e moldar-se novamente a cada obstáculo, a cada desafio.
Se transportarmos o raciocínio para o dia-a-dia, poderemos observar que, quanto mais resiliente for o indivíduo, haverá menos doenças e perdas e mais desenvolvimento pessoal será alcançado.
Um indivíduo submetido a situações de estresse e que sabe vencer sem lesões severas (rachaduras) é um resiliente.
Já quem não possui resiliência é o chamado "homem de vidro", que se "quebra" ao ser submetido às pressões e situações estressantes.
A idéia de resiliência pode ser comparada às modificações da forma de uma bexiga parcialmente inflada, se comprimida, adquirindo as formas mais diversas e retornando ao estado inicial, após pressões exercidas sobre a mesma.
A resiliência consiste em equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, além do aprendizado obtido com obstáculos (sofrimentos).
Traduzindo em outras palavras, é atingir outro nível de consciência.
O indivíduo que não possui ou não desenvolve a resiliência, pode sofrer severas conseqüências, que vão da queda de produtividade ao desenvolvimento das mais diferentes doenças psicossomáticas.

Dicas para aumentar a capacidade de resiliência:
* Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade.

* Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação.

* Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar.

* Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o "ponto de apoio para recuperar-se".

* Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança.

* Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom.

* Assumir riscos (ter coragem).

* Tornar-se um "sobrevivente" repleto de recursos.

* Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas).

* Separar bem quem você é e o que faz.

* Usar a criatividade para quebrar a rotina.

* Examinar e reflitir sobre a sua relação com o dinheiro.

* Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer, para em seguida retornar ao estado original.


Dr. Alberto D'Auria é ginecologista e superintentende de Saúde Ocupacional do Hospital e Maternidade São Luiz
Fonte : Texto retirado, com adaptações, de



 

 

 

 

 

AFINIDADE


texto em Brasileiro

Afinidade... (por Artur da Távola)

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais subtil, delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.

Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmo factos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade não é sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Afinidade é sentir com.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber.
É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde com sofrimento.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar lugar do outro. Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Isso é afinidade.
A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilômetros de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir.
Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
 Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.

Sensível é a afinidade.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades vividas.