A Ligação MENTE-CORPO
Há muito tempo que a ligação corpo-mente é considerada uma realidade.
Os velhos mestres da Índia e da China diziam que qualquer coisa que se armazenasse na mente ver-se-ia reproduzida no corpo físico.
Qualquer sentimento de amargura, intensa paixão, inveja, grande ansiedade ou inclusive o mau humor, destruíam as células do corpo e provocavam doenças de coração, fígado, rins, baço, estômago, etc.
Hoje em dia, já sabemos que as preocupações e o stress originam novas doenças mortais, como a hipertensão, os problemas cardíacos, as depressões e o cancro.
Começa a acreditar-se que quase todas as doenças têm a sua origem na mente.
As nossas necessidades não satisfeitas, os conflitos, as carências, o stress e as emoções reprimidas, provocam um desequilíbrio na auto-regulação do nosso corpo físico.
O corpo apenas mostra o que não somos capazes de dizer por palavras.
E isso é assim porque a nossa mente inconsciente controla o nosso sistema nervoso autónomo.
Esta ligação psicossomática mostra-nos que o corpo é um espelho da mente. É um reflexo dos nossos pensamentos.
Ignoramos a inteligência do corpo quando o levamos ao médico, como se de uma máquina se tratasse, para que este o repare.
Este comportamento mostra a nossa compreensão distorcida do poder da mente e da sua natureza.
O corpo apenas mostra a doença da mente.
Quando dizemos que nos dói a cabeça, queremos dizer que um conflito interno se está a manifestar na nossa cabeça.
Todos já experimentámos uma dor de estômago quando passamos por um momento de grande ansiedade.
Sabe-se que muitas pessoas submetidas a stress e a grande tensão têm acidentes cardiovasculares.
Quando estamos deprimidos o nosso corpo fica pesado.
As forças abandonam-nos.
Quando estamos nervosos perdemos o apetite ou comemos demais.
Quando estamos calmos parece que nada nos acontece ou pode ferir.
É sabido que quando nos envergonhamos ficamos involuntariamente corados.
É um bom exemplo da interacção mente-corpo.
O estudo deste psicossomatismo é determinante na prevenção de qualquer doença pois todas têm a mesma origem.
A mente.
Nos Estados Unidos da América várias clinicas têm obtido altas percentagens de sucesso na regressão do cancro, aplicando fundamentalmente terapêuticas de transformação pessoal que envolvem, por parte do paciente, a compreensão do processo psicossomático que levou ao desequilibro do seu sistema fisiológico.
O corpo apenas reflecte a doença e a cura da mente.
Poderá ser um período de reflexão e de adaptação.
Quando não o compreendemos assim é muito provável que mais tarde a doença se manifeste de novo, mas com maior gravidade.
A culpabilidade, a ira, o conflito e a preocupação podem criar mais danos ao corpo que qualquer situação externa.
Não são as situações que nos prejudicam, mas sim a nossa interpretação/CRENÇA delas.
As emoções que elas nos geram.
Não devemos pensar por um só momento que o corpo é uma unidade autónoma e independente e que são os factores exteriores que o debilitam.
A medicina tradicional baseia a sua prática no sintoma físico.
A sociedade de consumo e por objectivos não permite ao médico convencional ter preparação ou dispor de tempo para escutar as razões profundas da doença do paciente.
O desespero, o fracasso e a rejeição, entre outros, são estados emocionais cada vez mais frequentes no cidadão.
Desde que nasce que enfrenta a falta de disponibilidade dos pais, o numerus clausus, a competição, os objectivos empresariais e uma sociedade que o valoriza pelo sucesso económico.
( Mais fazer e ter que........SER! )
Neste ambiente as mensagens que o corpo recebe são de permanente alerta, com sobrecarga das supra-renais e debilitando o sistema imunitário, conduzindo a um processo gradual de degeneração cujo final pode até ser a morte.
A ingestão de medicamentos adia a percepção do conflito emocional, ou seja da verdadeira causa da doença.
Quando reconhecemos que o problema está no nosso interior, damos um sinal positivo ao organismo, dando origem a que este reaja com a convalescença ou até a cura.
Será portanto fundamental reconhecermos os nossos medos, preocupações e inseguranças, armazenados no nosso inconsciente, pois é dele que partem as nossas interpretações negativas e comportamentos consequentes.
Deles emana a doença.
A tristeza e a insatisfação são também formas de doença.
A medicina tradicional não tem tempo para perguntar a um doente se pessoal ou profissionalmente a vida lhe corre bem.
Se gosta das condições de vida que tem.
Existe uma tendência comodista de atribuir muitas das doenças a problemas psicossomáticos. "São nervos" diz o médico.
Sabemos da quantidade de pessoas que tomam ansiolíticos e sonoríferos.
Esta prática da medicina revela a ignorância do papel que a mente tem na realidade de cada indivíduo.
Cada pessoa tem o seu "médico interno".
Poderá alguém saber melhor que nós próprios quais as angustias, frustrações e desilusões que experimentamos no nosso interior?
E se essa for a causa da doença alguém a poderá detectar e curar por nós?
Quando ficamos doentes, a primeira atitude a tomar é fazer um trabalho de detective e analisar os últimos meses ou inclusive os anos da sua vida antes do aparecimento da doença.
Como era o nosso estado emocional?
Houve alguma mudança importante no nosso quotidiano?
Terá havido alguma experiência psicologicamente traumatizante?
É fundamental uma análise cuidadosa ao período da nossa infância. Muitas respostas jazem no nosso inconsciente, estando na origem de tantas condutas erradas e reacções auto-destrutivas.
A falta de afecto, a rejeição, a vergonha pública, a morte prematura do pai ou da mãe, um divórcio, etc., são causa mais que frequente de profundas depressões, apatia e stress, sendo por consequência também causa mais frequente da maior parte das doenças dos nossos dias.
Identificar os nossos conflitos emocionais, não esgota o trabalho que há a fazer para um saneamento emocional.
Temos de mudar as nossas convicções mais arreigadas.
São hábitos de pensamento.
É necessária uma significativa mudança de mentalidade.
Carlos Anastácio
Isabel Perry
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