quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Pessoa como um TODO. O Poder da nossa Mente



A Ligação MENTE-CORPO

Há muito tempo que a ligação corpo-mente é considerada uma realidade.


Os velhos mestres da Índia e da China diziam que qualquer coisa que se armazenasse na mente ver-se-ia reproduzida no corpo físico.

Qualquer sentimento de amargura, intensa paixão, inveja, grande ansiedade ou inclusive o mau humor, destruíam as células do corpo e provocavam doenças de coração, fígado, rins, baço, estômago, etc.


Hoje em dia, já sabemos que as preocupações e o stress originam novas doenças mortais, como a hipertensão, os problemas cardíacos, as depressões e o cancro.

Começa a acreditar-se que quase todas as doenças têm a sua origem na mente.
As nossas necessidades não satisfeitas, os conflitos, as carências, o stress e as emoções reprimidas, provocam um desequilíbrio na auto-regulação do nosso corpo físico.


O corpo apenas mostra o que não somos capazes de dizer por palavras.
E isso é assim porque a nossa mente inconsciente controla o nosso sistema nervoso autónomo.

Esta ligação psicossomática mostra-nos que o corpo é um espelho da mente. É um reflexo dos nossos pensamentos.

Ignoramos a inteligência do corpo quando o levamos ao médico, como se de uma máquina se tratasse, para que este o repare.
Este comportamento mostra a nossa compreensão distorcida do poder da mente e da sua natureza.

O corpo apenas mostra a doença da mente.

Quando dizemos que nos dói a cabeça, queremos dizer que um conflito interno se está a manifestar na nossa cabeça.

Todos já experimentámos uma dor de estômago quando passamos por um momento de grande ansiedade.

Sabe-se que muitas pessoas submetidas a stress e a grande tensão têm acidentes cardiovasculares.
Quando estamos deprimidos o nosso corpo fica pesado.
As forças abandonam-nos.

Quando estamos nervosos perdemos o apetite ou comemos demais.
Quando estamos calmos parece que nada nos acontece ou pode ferir.

É sabido que quando nos envergonhamos ficamos involuntariamente corados.
É um bom exemplo da interacção mente-corpo.

O estudo deste psicossomatismo é determinante na prevenção de qualquer doença pois todas têm a mesma origem.

A mente.


Nos Estados Unidos da América várias clinicas têm obtido altas percentagens de sucesso na regressão do cancro, aplicando fundamentalmente terapêuticas de transformação pessoal que envolvem, por parte do paciente, a compreensão do processo psicossomático que levou ao desequilibro do seu sistema fisiológico.


O corpo apenas reflecte a doença e a cura da mente.


No entanto, o facto de ficarmos doentes, mostra-nos como temos encarado a vida e dá-nos uma oportunidade de a repensarmos.

Poderá ser um período de reflexão e de adaptação.

Quando não o compreendemos assim é muito provável que mais tarde a doença se manifeste de novo, mas com maior gravidade.
A culpabilidade, a ira, o conflito e a preocupação podem criar mais danos ao corpo que qualquer situação externa.


Não são as situações que nos prejudicam, mas sim a nossa interpretação/CRENÇA delas.
As emoções que elas nos geram.


Não devemos pensar por um só momento que o corpo é uma unidade autónoma e independente e que são os factores exteriores que o debilitam.

A medicina tradicional baseia a sua prática no sintoma físico.

A sociedade de consumo e por objectivos não permite ao médico convencional ter preparação ou dispor de tempo para escutar as razões profundas da doença do paciente.


O desespero, o fracasso e a rejeição, entre outros, são estados emocionais cada vez mais frequentes no cidadão.

Desde que nasce que enfrenta a falta de disponibilidade dos pais, o numerus clausus, a competição, os objectivos empresariais e uma sociedade que o valoriza pelo sucesso económico.

( Mais fazer e ter que........SER! )


Neste ambiente as mensagens que o corpo recebe são de permanente alerta, com sobrecarga das supra-renais e debilitando o sistema imunitário, conduzindo a um processo gradual de degeneração cujo final pode até ser a morte.

A ingestão de medicamentos adia a percepção do conflito emocional, ou seja da verdadeira causa da doença.


Quando reconhecemos que o problema está no nosso interior, damos um sinal positivo ao organismo, dando origem a que este reaja com a convalescença ou até a cura.


Será portanto fundamental reconhecermos os nossos medos, preocupações e inseguranças, armazenados no nosso inconsciente, pois é dele que partem as nossas interpretações negativas e comportamentos consequentes.

Deles emana a doença.

A tristeza e a insatisfação são também formas de doença.


A medicina tradicional não tem tempo para perguntar a um doente se pessoal ou profissionalmente a vida lhe corre bem.

Se gosta das condições de vida que tem.


Existe uma tendência comodista de atribuir muitas das doenças a problemas psicossomáticos. "São nervos" diz o médico.
Sabemos da quantidade de pessoas que tomam ansiolíticos e sonoríferos.

Esta prática da medicina revela a ignorância do papel que a mente tem na realidade de cada indivíduo.


Cada pessoa tem o seu "médico interno".

Poderá alguém saber melhor que nós próprios quais as angustias, frustrações e desilusões que experimentamos no nosso interior?

E se essa for a causa da doença alguém a poderá detectar e curar por nós?
Quando ficamos doentes, a primeira atitude a tomar é fazer um trabalho de detective e analisar os últimos meses ou inclusive os anos da sua vida antes do aparecimento da doença.

Como era o nosso estado emocional?

Houve alguma mudança importante no nosso quotidiano?

Terá havido alguma experiência psicologicamente traumatizante?


É fundamental uma análise cuidadosa ao período da nossa infância. Muitas respostas jazem no nosso inconsciente, estando na origem de tantas condutas erradas e reacções auto-destrutivas.

A falta de afecto, a rejeição, a vergonha pública, a morte prematura do pai ou da mãe, um divórcio, etc., são causa mais que frequente de profundas depressões, apatia e stress, sendo por consequência também causa mais frequente da maior parte das doenças dos nossos dias.


Identificar os nossos conflitos emocionais, não esgota o trabalho que há a fazer para um saneamento emocional.


Temos de mudar as nossas convicções mais arreigadas.

São hábitos de pensamento.

É necessária uma significativa mudança de mentalidade.


Carlos Anastácio

Adapatado por
Isabel Perry

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