sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DECISÕES: O PODER OCULTO DO INCONSCIENTE EMOCIONAL

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Dr Nelson Lima
Estima-se que mais de 90% da nossa actividade mental se processe em modo não consciente, isto é, sem a nossa percepção e conhecimento.
É fácil de entender, por exemplo, que milhares de memórias e conhecimentos estejam fora do nosso alcance consciente mas estão algures guardados no cérebro. Basta lembrar-nos como, de repente, temos uma ideia ou uma solução que buscávamos sem sucesso.
Ou então, o material dos sonhos.
Onde está esse material que alimenta os sonhos que ocupam uma boa parte do nosso sono?
Mais ainda: aquilo que se chama intuição - uma espécie de conhecimento difuso mas que muitas vezes está certo.
Onde se gera a intuição? E os pensamentos?
Já reparou que estamos sempre a pensar em alguma coisa?
De onde vêm os pensamentos?
Na verdade, eles são produzidos por campos de energia psíquica de que não temos previamente consciência.
Podemos afirmar que o mundo inconsciente da nossa psique é enorme, intemporal e não ocupa espaço no cérebro.
Está lá e não está.
Há toda uma actividade mental, incluindo emoções, que desconhecemos e que interferem na nossa vida consciente.
Mais impressionante ainda: está demonstrado cientificamente que tomamos as nossas decisões meio segundo antes de sabermos o que decidimos.
É como se uma inteligência inconsciente agisse em nosso nome pondo em causa a ideia de que somos seres independentes e que mandamos nos nossos pensamentos.
Parece que não é bem assim que as coisas se passam.
Os processos inconscientes ajudam a automatizar gestos.
Por exemplo: depois de muito treino um atleta ou um artista executa as suas provas de forma natural, sem necessidade de pensar o que fazer a não ser manter-se concentrado.
Mas o conteúdo da competência foi aprendido e depois age sob o efeito do inconsciente cognitivo.
Todos os dias os nossos sentidos captam milhões de informações (imagens, sons, cheiros, etc).
A maior parte dessa informação nós não damos conta dela pois é recolhida de forma não consciente.
Ela fica guardada na memória.
O registo é automático, quer queiramos, quer não.
Depois, mais cedo ou mais tarde, esse material vai alimentar ideias, pensamentos, intuições e sonhos.
Sabia que a simples e vulgar máquina de costura que as nossas mães e avós tinham em casa?
Pois ela foi inventada por um americano de nome Elias Howe (1819-1867) graças ao trabalho da sua mente inconsciente.
Ele tinha um problema: como fazer correr a linha?
Teve a sorte de uma noite sonhar que deveria abrir um orifício na ponta da agulha. No dia seguinte, estava inventada a máquina de costura cujo mecanismo ainda hoje é o mesmo.
A diferença é que as máquinas de costura agora são eléctricas.
Este é apenas um exemplo de muitos outros que demonstram a existência de um inconsciente cognitivo e emocional por detrás da nossa consciência e de nossos actos.
E sobre a tomada de decisões?
Você acredita que as decisões, por muito racionais, lógicas e conscientes que lhe pareçam não são influenciadas pela mente inconsciente, incluindo emoções não percebidas conscientemente?
São influenciadas e muito, na verdade.

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