terça-feira, 21 de julho de 2009

O que é a Felicidade?


A felicidade é um conceito que evoluiu ao longo dos tempos.

Provavelmente, para os homens primitivos, a felicidade resumia-se a sentirem-se bem, estarem protegidos dos animais selvagens e terem saúde e comida.

As doenças eram muitas e vivia-se poucos anos.

A maioria das crianças morria nos primeiros meses de vida.

A felicidade, tal como a concebemos hoje, era desconhecida, mesmo impensável.


No tempo dos Gregos antigos a ideia de felicidade já era mais completa: "ter corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada".


Demócrito dizia que ela "era a medida do prazer e a proporção da vida" que era, afinal, manter-se afastado dos defeitos e dos excessos.


Platão entendia que a felicidade tinha mais a ver com a virtude do que com os prazeres mundanos: "os felizes são felizes por possuirem a justiça e a temperança; os infelizes são infelizes por possuirem a maldade" - escreveu o filósofo.


E que virtude era essa? A capacidade da alma para dirigir o homem da melhor maneira!


Com o avançar dos tempos, a felicidade voltou a estar relacionada com o prazer.


Os filósofos Locke e Leibniz estavam, nesse aspecto, de acordo: "o grau ínfimo daquilo que pode ser chamado de felicidade é estar tão livre de sofrimentos e ter tanto prazer presente que não é possível contentar-se com menos" (Locke).


Assim, a felicidade era o maior prazer de que somos capazes e a infelicidade o maior sofrimento!


Actualmente são os psicólogos quem mais se envolve na missão de estudar e ajudar as pessoas a aprenderem a ser felizes.


Com o consumismo exacerbado, a felicidade passou a incluir o prazer de ter coisas, muitas coisas, desde objectos a ambições e riqueza material.


Talvez por nos termos afastado da natureza inicialmente simples da felicidade ela hoje parece ser mais difícil de alcançar.


A culpa parece residir em nós.


O verbo TER passou a ser mais importante que o SER.


E esquecemo-nos que, segundo reza uma lenda indiana, a felicidade está alojada dentro de nós.

Entretanto, andamos à procura dela cá fora: nos outros e nas muitas coisas que o mundo moderno tem para nos oferecer mas a que nem sempre temos acesso.


Nelson S Lima

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