domingo, 22 de maio de 2011

CAMINHADAS "OUSAR CRESCER - Porto"

JUNTO AO NOSSO BELO MAR......


"Inscrições abertas" a partir deste minuto para o próximo Sábado, dia 28, às 15h !!! :))))


Ó corajosas, vamos daí levantar o rabo do sofá!!!

Ou caminhamos na Foz, do Castelo do Queijo à "Portugália-Rio".... e volta, ou caminhamos de Miramar a Lavadores, sem volta, ou seja, com boleias para regressar ao Porto.

Meu email


isabeldacamara@gmail.com


, programa aberto a toda a Gente que OUSE CUIDAR DA SUA SAÚDE física e psíquica.


Mais uma iniciativa "OUSAR CRESCER - Porto"


Aguardo respostas afirmativas a este Desafio!!!!!


Isabel Perry

domingo, 8 de maio de 2011

VISITEM ESTE BLOGUE >>>>> http://www.pnl-portugal.blogspot.com/

Uma das maiores dificuldades na solução de problemas respeitantes a insatisfações de carácter interno e toda a gama de descontentamento de ordem pessoal relativos à realização de objectivos, talvez tenha a ver com a dificuldade que temos em auto-delegar.

Explico:
- Identificámo-nos (empregando terminologia de PNL:
" associámo-nos") tanto com uma pequena parte de nós, que com essa pequena parte, queremos controlar as emoções e realizar toda a enorme gama de tarefas que caracterizam um ser humano.

O “corpo” está sequioso de afeição ou, internamente, podemos sentir vazio, ou queremos resolver um sentimento de culpa, andamos às voltas, mentalmente, dias, meses, às vezes anos, com a mesma preocupação, e o que fazemos geralmente?
- Vagueamos pelo mundo fazendo as coisas da mesma maneira e obtendo assim os mesmos resultados.
E fazemo-lo, geralmente, apelando à racionalidade ou usando automaticamente o pensamento circular feito de repetição dos mesmos pensamentos.
A mente (mais ou menos) consciente quer perceber a situação, conhecer o primeiro acontecimento, analisar e encontrar as variáveis e controlar o processo para encontrar a “solução”.
E enquanto faz isso, na maioria das vezes, o problema agrava-se.

Tenho vindo a propor, e repito isso muitas vezes, uma maneira diferente de lidar connosco, uma maneira que me parece ser o que há de mais fundamental em PNL.

A forma que geralmente utilizamos para resolver problemas, se pode ter certo sucesso no mundo físico, geralmente não funciona quando aplicada ao funcionamento do ser humano, sobretudo aplicada na resolução de situações emocionais complicadas.
A Programação NeuroLinguística, por outro lado, é uma metodologia que nos ajuda a passar a uma fase superior de auto-consciência e vivência da vida.

A parte de nós com a qual queremos resolver todos os problemas, é a mente consciente.

Em vez de "mente consciente", melhor seria talvez falar de “diálogo interno”, pois até esse processo interno de pensamento é incontrolável e nada consciente.
De forma automática, analisamos, comparamos, classificamos, julgamos, concluímos e descobrimos que não passámos de onde estávamos.
E que fazemos?
Continuamos novamente a analisar, comparar, julgar, concluir, num círculo interminável, na esperança de encontrar uma solução impossível de encontrar com as premissas e dados limitados que são, possivelmente, eles mesmos, muitas vezes, as causas do agravamento do problema.

Vivemos na ilusão que uma pequena parte de nós possa vir a tomar o controlo de todo o nosso ser: o inconsciente.

O inconsciente é um sistema autónomo feito de todos os conhecimentos, experiências, aprendizagens de vida, valores, crenças e emoções.

O inconsciente, ainda por cima, organizou-se no decorrer da vida em um conjunto de personalidades independentes com competências e intenções próprias para protecção e realização de significados.
Fê-lo por contexto, situação, partindo das premissas e das competências que possuía e que dominava na altura.

A mente consciente é um produto recente da história da humanidade e um produto deste todo complexo, uma parte mínima do ser humano, desempenhando certamente um papel enorme que o vai distinguir do reino animal, mas não passando de uma pequenina parte a querer controlar um todo, o que resulta numa inquietação interna e desgaste, uma dinâmica feita de duelos.

Podemos dizer que aquilo que o diferencia, lhe subiu à cabeça!
O que me parece finalmente é que, nesta luta desesperada de controlo, o consciente, inevitavelmente, perde sempre.

Quem decide na nossa vida?
Para empregar uma metáfora:
- A “cabeça” ou o “coração, o estômago, as vísceras”?
Não será até uma ilusão pensar que a cabeça tomou uma decisão?
Ou não terá a cabeça tomado consciência da decisão já tomada anteriormente pelo inconsciente?
Estas são perguntas actuais relevantes no campo da neurociência sobre o funcionamento da mente e da relação entre o consciente e o inconsciente e para as quais há cada vez mais respostas, qual delas a que causa mais espanto.

Costuma ilustrar-se a relação consciente-inconsciente com metáforas, por exemplo, “o comandante do navio e a sua tripulação”.
O comandante aponta o caminho e cada elemento da tripulação executa a sua tarefa.
Se o comandante quer fazer ele mesmo tudo, não nos parece que consiga chegar a bom porto.
O comandante pode possuir o beliche mais requintado, mas isso não diz nada sobre o verdadeiro estatuto do comandante no conjunto, isso só revela o estatuto que a nossa sociedade dá ao papel da “cabeça”.

Tenha o comandante do navio o estatuto social que tiver, é uma peça pequeníssima no conjunto da embarcação.
O seu papel é indicar o caminho e dar feedback sobre a justeza da rota seguida para que a devida pessoa, no devido lugar, faça a correcção adequada.

Ora é o mesmo com a nossa psique.

A mente consciente indica um caminho (caminho este que é, afinal, uma tomada de consciência de um processo altamente complicado, resultado da história pessoal, feito de interpretações de acontecimentos, memórias, convicções…).

A partir daí, muitas vezes, quanto mais a gente se preocupa com o desenrolar do processo, piores são os resultados.

Mas no momento em que se toma consciência de pequenas transformações indesejadas, podemos dar feedback e apontar possíveis correcções e… o inconsciente faz o resto.

Serão necessários alguns passos “conscientes” na boa direcção?
Se forem dados passos conscientes no bom caminho da mudança desejada, isso significa, possivelmente, que o inconsciente já nos deu autorização para isso.

Falamos então de “ecologia”.
Há balanço entre a mente consciente e os processos inconscientes.
Tem-se a sensação que a mudança é eficiente e fácil.
A energia flui.

Recorro muito a “espíritos” para a resolução de conflitos internos e ajuda nos meus processos pessoais.
Estes “espíritos” não têm nada de metafísico.
São invenções.
Correspondem ao que em PNL chamamos “partes”: identidades com características próprias e recursos nossos a que, em geral, não acedemos.

Tenho espíritos especialistas em questões amorosas, espíritos para questões de saúde, espíritos especialistas em relações familiares, conselheiros financeiros, guias espirituais.
É muito giro.
Assim, não “controlamos” nada (o controlo directo que geralmente utilizamos, não leva a parte nenhuma) e acedemos a recursos inconscientes em nós que, de outra maneira, nem sequer sonharíamos que os tínhamos.

Aliás, não faz diferença nenhuma se se trata destes espíritos, ou de anjos, arquétipos, mentores espirituais, uma entidade da moda new age ou manifestações divinas tradicionais oficializadas.

A eficiência do seu funcionamento deve-se, como nas intervenções na medicina científica, em grande parte, ao efeito placebo.

Cada um utiliza as construções criativas mentais de acordo com o seu modelo do mundo e são essas criações que vão determinar os estados sensoriais e o comportamento.

Este é o pressuposto que está na base da metodologia da PNL.

A vantagem de trabalhar com estes “espíritos dentro de nós” é a de nos libertarmos de dependências de ordem metafísica e assumirmos a nossa totalidade humana como únicos responsáveis pelos nossos destinos.

Em vez de andarmos para aí a ruminar, desesperar sem encontrar soluções, culparmo-nos, numa constante luta, teremos assim uma relação muito mais agradável connosco. Ainda por cima, descobri que os “espíritos” são uma belíssima companhia e estão sempre disponíveis.

Começo cada vez mais a ter a sensação que, mantendo-me alerta sobre onde quero chegar, quanto mais delego aos meus espíritos, melhor as coisas correm…
Publicado na revista PNL-PORTUGAL 05-MAIO 2011 (http://www.pnl-portugal.blogspot.com/, 29/04/2011, José Figueira



Obrigada José, belíssimo Artigo! :)





















terça-feira, 22 de março de 2011

Dança com as tuas mãos e BOA PRIMAVERA!!


Sente-se em silêncio e deixe que seus dedos se mexam à vontade.
Sinta o movimento a partir de dentro; não tente percebê-lo de fora.
Portanto, mantenha os olhos fechados e deixe que a energia flua cada vez mais para as mãos.

As mãos estão profundamente ligadas ao cérebro:
a mão direita, com o lado esquerdo do cérebro;
a mão esquerda, com o lado direito do cérebro.
 
Se você der total liberdade de expressão aos seus dedos, muitas tensões acumuladas no cérebro serão aliviadas.
Essa é a maneira mais fácil de aliviar o mecanismo do cérebro, suas repressões, sua energia não usada.
Suas mãos são perfeitamente capazes de fazer isso.

Algumas vezes você sentirá que sua mão esquerda está erguida, outras a direita.
Não imponha nenhum padrão; qualquer que seja a necessidade da energia, ela tomará aquela forma.
 
Quando o lado esquerdo do cérebro desejar liberar energia, ele desencadeará uma forma determinada.
Quando o lado direito do cérebro estiver muito sobrecarregado com a energia, haverá um gesto diferente.

Você pode se tornar um grande meditador por meio dos gestos das mãos.
Assim, sente-se em silêncio e brinque, dê permissão às mãos e ficará surpreso: isso é mágico.
Você não precisa pular, correr ou fazer muita meditação caótica.
Apenas as suas mãos serão suficientes.


 
Osho, em "O Livro Orange"

domingo, 20 de março de 2011

Deus, a divindade, não é nada mais que o todo, a totalidade, a unidade.

Uma vez pediram a um rabino que resumisse toda a mensagem da Bíblia.
Ele respondeu que toda a mensagem é muito simples e curta. É Deus gritando "Entronize-me!"

Foi isso que aconteceu naquela manhã no rio Jordão.
Jesus desapareceu, Deus foi entronizado.
Jesus esvaziou a casa, Deus entrou.

Ou você existe, ou Deus existe — os dois não podem coexistir.
Se você insiste em existir, então, abandone a busca de Deus; ela não se realizará. Dessa forma a busca é impossível, absolutamente impossível.

Se você estiver presente, então, Deus não pode estar: a sua própria existência, a sua própria presença, é a barreira. Você desaparece... e Deus está.
Ele sempre esteve.

O homem vive como uma parte, separado do todo.
Ao redor de si, ele cria ideias, sonhos, o ego, a personalidade, e pensa em si como uma ilha, desconectado do todo, sem relação com o todo.

Você já conseguiu ver algum relacionamento entre você e as árvores?
Já conseguiu ver algum relacionamento entre você e as pedras?
Já conseguiu ver algum relacionamento entre você e o mar?

Se não conseguiu, então jamais chegará a ver o que é Deus.

Deus, a divindade, não é nada mais que o todo, a totalidade, a unidade. Se você existe como uma parte separada, desnecessariamente existe como um mendigo. Você poderia ter sido o todo.
E mesmo quando pensa que é separado, você não é — isso é apenas um pensamento na mente.
O pensamento não está enganando Deus: está enganando somente você.
O pensamento é simplesmente uma barreira para seus olhos se abrirem.

Osho, em "Palavras de Fogo: Reflexões sobre Jesus de Nazaré"

domingo, 2 de janeiro de 2011

Aceitação - por José Figueira em http://www.pnl-portugal.com/index.htm

http://www.pnl-portugal.com/index.htm

Aceitação…



Conhecem a sensação característica das segundas-feiras de manhã, o pensamento no chefe, as tarefas que nos desagradam e têm de ser feitas, arrumar os papéis no escritório, ou simplesmente limpar a casa, o encontro com aquela pessoa terrível que não podemos evitar… já para não falar na sensação subjacente contínua de irritação, vazio, culpa, ou uma simples inquietação subtil… ou ainda aquelas reacções inesperadas que, por mais que façamos, não conseguimos controlar…

E então, neste momento especial do ano, decido:
- Tenho de me livrar de tudo isto!

Talvez que para muitas pessoas seja uma surpresa o que vou dizer: o primeiro passo é deixar as coisas como elas estão.

O remoer mental a procurar soluções não adianta, pelo contrário, pode agravar a situação.
Estamos tão habituados a resolver qualquer situação no mundo físico através das faculdades cognitivas, raciocinando sobre a solução, que queremos resolver da mesma maneira os problemas pessoais e relacionais através de um diálogo interno.
A questão é que, este remoer automático no campo pessoal e das relações, agrava, em geral, ainda mais as sensações limitadoras e pode aumentar os sentimentos de culpa resultantes da nossa incapacidade para resolver questões emocionais internas.

Então a saída desta situação, como há muitos anos se afirma nos livros de auto-ajuda e cursos de desenvolvimento pessoal, seria a repetição afirmativa de pensamentos positivos.
Em vez de remoer pensamentos negativos, dirija-se de forma positiva àquilo que quer: por exemplo, ser livre, ter paz interior, ser feliz, calmo e confiante, em equilíbrio connosco e com os outros, sobretudo, em balanço com o que sentimos que há de mais essencial em nós… O que é melhor!

Mas infelizmente, na maioria das vezes, também não funciona. E aqui a razão é mais subtil.
Pensamos que nos estamos dirigindo de forma positiva para o que queremos, não estando conscientes do diálogo interno automático que tem raízes profundas em nós.
Por detrás das afimações positivais mais ou menos racionais, uma voz íntima diz:
- não quero mais a prisão, nem o vazio, nem o reboliço interior, nem a insegurança, nem o medo - uma voz que é a expressão de uma criança ferida, desesperada por atenção e elogio, pelo reconhecimento e colo que lhe faltaram.
Ora as determinantes das nossas sensações e comportamentos, não são os pensamentos mais ou menos conscientes mas sim, sem que demos por isso, a voz interior que escapa, em grande parte, ao nosso controlo consciente e que é a expressão da dor que não queremos sentir.
O que fazemos, na realidade, é fugir a esta dor, à custa de muito esforço e desperdícios de energia.
As pessoas empregam diversas maneiras para se afastar da dor.
A maioria consiste em sedativos para acalmar os sintomas desconfortantes, muitas vezes temporariamente, o consumo generalizado na sociedade actual, não só o consumo de drogas com nomes oficiais de drogas, para além do álcool e tabaco, mas das outras todas – televisão, viagens, roupas, carros, cursos de desenvolvimento pessoal, livros de auto-ajuda, alguns movimentos ou técnicas espirituais, comemorações religiosas, política, profissão, no fundo, tudo o que a sociedade de consumo oferece, pode servir.

Há também práticas terapêuticas que pretendem neutralizar a emoção negativa dos acontecimentos que estão na origem dos nossos infortúnios.
Ora como os nossos infortúnios, registados no nosso corpo e alma, já podem vir de gerações e gerações passadas, há aqui um bom negócio.
Claro que tais práticas podem oferecer, não só alívio e insight, como transformar e levar a uma maior abertura, calma e flexibilidade.
Podem-se até, excepcionalmente, experimentar momentos de congruência interna e mesmo o contacto com algo mais profundo que vai além das construções intelectuais ou de emoções específicas.
Na verdade, o caminho da nossa “libertação” parece, inevitavelmente, empregando linguagem metafórica, fazer-se através da queda de muros de prisões internas sucessivas.

Sem pretender ser exaustivo, posso nomear ainda outras formas de ajuda para a transformação do desconforto.
Pode trabalhar-se directamente com o pensamento cognitivo.
Há pessoas especializadas, por exemplo, dentro da filosofia e da psicologia cognitiva, que nos ensinam a pensar melhor. Na PNL (Programação NeuroLinguística) pretende-se, em grandes linhas, acompanhar as pessoas num processo contínuo de tomada de consciência da sua experiência subjectiva, destilando estruturas e processos de comunicação interna e externa e utilizando essas estruturas para a mudança.
Outras formas de tomada de consciência da nossa experiência subjectiva, funcionamento da nossa mente, processos de transformação na nossa vivência da vida, são as práticas milenares de meditação e Yoga, sobretudo, no meu entender, as práticas mais tradicionais vindas do Budismo.
Nas formas de transformação pessoal que, tanto dentro das práticas milenárias de meditação, como na medicina comportamental que nos vem da América como ajuda no combate ao stress, tal como nas mais modernas formas de psicologia cognitiva à volta dos temas depressão e dor, e também dentro de uma visão da PNL, a palavra-chave é, cada vez mais, “aceitação”.
E, para evitar mal-entendidos, não se trata aqui de “resignação”, mas justamente de algo que parece não ser nada fácil:
- em vez da luta interior e com os outros, trata-se da aceitação activa das coisas como elas são.
Desde que se não faça isso, luta-se contra o que se não quer (guerra, crise, terrorismo, crime, doença…) que é a forma generalizada do pensamento negativo.
E assim se reproduz o que já está mais que desgastado, entrando em jogo a velha lei: “ quanto mais luta contra o que não quer, mais justamente acabará por recebê-lo de presente”.

Um olhar mais compreensivo para comportamentos, sensações e crenças (não funcionais) como ponto de partida, é facilitado nos modelos da Programação NeuroLinguística:

Primeiro: aspectos não funcionais como agressividade, sensação de inferioridade, medo, desmotivação, orgulho, culpa, perfeccionismo, tristeza, controlo, inquietação, falta de auto-estima, etc., não são propriamente “eu”, mas partes de mim, fora do meu controlo racional;

Segundo: estes aspectos indesejáveis possuem uma intenção positiva, objectivos significativos.
Cada pensamento, sensação ou acto de um aspecto de nós (agressividade, perfeccionismo, timidez…), pretende atingir uma hierarquia de objectivos significativos, que vão, por exemplo, de coragem, segurança, tranquilidade e bem-estar, até estados essenciais de Ser, como Amor, Plenitude ou Nirvana.
Isto é algo de que, em geral, não nos apercebemos conscientemente.
Um exemplo de uma hierarquia de objectivos: a parte agressiva em nós, age como age, para conseguir, possivelmente, a atenção do outro, ser respeitada, fazer-se ouvir, sentir-se segura, encontrar paz, tranquilidade e atingir o bem-estar, em última análise, até talvez, um estado de Paz, Plenitude ou Amor.
Tudo intenções com significados altamente positivos, culminando com estados essenciais de Ser.

Estes significados essenciais positivos dos comportamentos, pensamentos, sensações do que catalogamos como indesejável, colocam a situação problemática numa nova dimensão ou acabam, até mesmo, por neutralizá-la, tal como num crente se dissolvem os seus problemas perante a manifestação divina do Amor.
Quanto mais abrangente é a vivência do significado (Amor, Plenitude), mais profundas as transformações.
É o que acontece no processo da “Transformação Essencial”, desenvolvido por Connirae Andreas, uma psicoterapeuta americana que fez parte do primeiro grupo de PNL formado por Bandler e Grinder, grupo esse a quem se deve o desenvolvimento da PNL até ao que hoje é.

Não se pretende directamente neutralizar o indesejável. Procura-se encontrar soluções alternativas ecológicas, para realizar as nossas intenções positivas, em que a tomada de consciência e a aceitação dos aspectos indesejáveis de nós, são o ponto de partida.
Este parece-me um dos pontos mais essenciais da metodologia.
Só a partir daí se pode dar a ruptura no nosso processo automático de funcionamento mental, processo esse de que, em geral, não temos consciência.

A guerra é a constante nas nossas vidas.
Reagimos de forma sonâmbula e automática, nas organizações, nas relações, durante as nossas actividades pessoais.
Temos olhos que não vêem, ouvidos que não ouvem, como está escrito na velha parábola.
De vez em quando despertamos.
Despertamos, para logo depois o automatismo da luta contra o que é, se apoderar novamente de nós.
Somos máquinas de desejo, robots, em luta connosco e com o mundo, irrequietos, muitas vezes em pânico, lutando, numa ilusão contínua de controlo.

O remoer mental na procura de solução para um problema pessoal, tentar livrar-se de qualquer sensação indesejável, não leva longe.

É curioso que tanto na medicina comportamental (Jon Kabat-Zinn), como na psicologia cognitiva ACT e MBCT (Steven C. Hayes, Spencer Smith, Zindel V Segal, J. Mark G. Wiliams, John Teasdale e outros), as palavras “aceitação” e “atenção plena e intencional no aqui e agora sem julgamentos” se estão a tornar as palavras-chave dum novo paradigma para uma nova vivência de nós e do mundo.
Só então pode nascer a diferença.

Se queremos o novo em nós e no mundo, há que parar drasticamente com a forma como lidamos connosco.

O primeiro passo é pois, de forma activa, aceitar as coisas como elas são, a começar por nós próprios, em vez da luta e remoer que agrava as sensações desconfortáveis.

Em vez da repetição automática de velhos padrões, poderão, então, surgir novas escolhas e abrir-se o caminho para uma transformação mais radical.
E talvez, um dia, se dê uma ruptura ainda maior.
Talvez entremos no estado de Ser Pleno aqui e agora, nos estados essenciais de Totalidade, Paz, Amor.
Isso só pode acontecer, dizem os entendidos, a partir de uma maneira mais compreensiva, respeitosa e terna de lidarmos connosco, sem luta contra as diversas partes de nós, nem exigências de recompensas imediatas.

Faz-me lembrar palavras de Krishnamurti.
O que é preciso é deixar a nossa janela aberta, “… e a brisa vem quando vier. Se esperamos que a brisa venha porque abrimos a janela, ela nunca virá”.


Obrigada José. É bom poder aprender contigo. Bom 2011!


sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010