domingo, 20 de março de 2011

Deus, a divindade, não é nada mais que o todo, a totalidade, a unidade.

Uma vez pediram a um rabino que resumisse toda a mensagem da Bíblia.
Ele respondeu que toda a mensagem é muito simples e curta. É Deus gritando "Entronize-me!"

Foi isso que aconteceu naquela manhã no rio Jordão.
Jesus desapareceu, Deus foi entronizado.
Jesus esvaziou a casa, Deus entrou.

Ou você existe, ou Deus existe — os dois não podem coexistir.
Se você insiste em existir, então, abandone a busca de Deus; ela não se realizará. Dessa forma a busca é impossível, absolutamente impossível.

Se você estiver presente, então, Deus não pode estar: a sua própria existência, a sua própria presença, é a barreira. Você desaparece... e Deus está.
Ele sempre esteve.

O homem vive como uma parte, separado do todo.
Ao redor de si, ele cria ideias, sonhos, o ego, a personalidade, e pensa em si como uma ilha, desconectado do todo, sem relação com o todo.

Você já conseguiu ver algum relacionamento entre você e as árvores?
Já conseguiu ver algum relacionamento entre você e as pedras?
Já conseguiu ver algum relacionamento entre você e o mar?

Se não conseguiu, então jamais chegará a ver o que é Deus.

Deus, a divindade, não é nada mais que o todo, a totalidade, a unidade. Se você existe como uma parte separada, desnecessariamente existe como um mendigo. Você poderia ter sido o todo.
E mesmo quando pensa que é separado, você não é — isso é apenas um pensamento na mente.
O pensamento não está enganando Deus: está enganando somente você.
O pensamento é simplesmente uma barreira para seus olhos se abrirem.

Osho, em "Palavras de Fogo: Reflexões sobre Jesus de Nazaré"

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