Resiliência? O que é isso?
Resiliência
é um conceito existente na Física para explicar a propriedade que alguns
materiais têm de acumular energia quando submetidos a impacto ou a estresse e
voltar ao seu estado original sem deformação.
Um exemplo é a vara do salto em altura que verga ao máximo sem quebrar e volta com toda força para lançar o atleta para o alto.
Um exemplo é a vara do salto em altura que verga ao máximo sem quebrar e volta com toda força para lançar o atleta para o alto.
A psicologia tomou
emprestado esse conceito para explicar a capacidade que algumas pessoas possuem
de lidar com problemas e impulsionar sua vida quando confrontadas com adversidades.
As pessoas que superam as próprias fraquezas e buscam forças para atingir seus
objetivos constituem um exemplo de resiliência.
Cada um de nós possui um ponto mais frágil que precisa ser cuidado com mais atenção. Quando alguma esfera da vida está aborrecida, sem graça e difícil de ser contornada, é sinal de que precisa de mais atenção.
Se percebermos alterações de humor , de disposição para as atividades diárias, aumento de tensão e diminuição da alegria de viver, precisamos usar nossa energia para mudar essa situação.
Não será na farmácia mais próxima que
compraremos uma vida mais alegre e produtiva.
É preciso conquistar com esforço
a alegria de viver e as lições estão dentro de nós mesmos.
Uma pessoa resiliente não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus fracassos e usa sua energia para lutar.
O fatalismo e o sentimento de vítima do
destino passam longe dessas pessoas. Pensamentos como tudo é difícil, não
consigo mudar de rumo ou ninguém faz nada por mim, não fazem parte de suas vidas.
Ao contrário, vão à luta para reverter situações indesejáveis.
Toda tentativa de mudança pode produzir insegurança, medo e desejo de manter a rotina já conhecida.
Não adianta a pessoa reclamar do destino, ao invés de
tentar mudar e começar algo novo. Se nada for feito, a tendência é de maior
agravamento dos problemas a cada dia que passa, podendo surgir sintomas de
angústia, depressão, úlcera, labirintite e outros distúrbios psicossomáticos.
É possível ter a ilusão de acostumar-se com os problemas, quando na verdade eles não param de crescer.
Muitas vezes as pessoas insistem em comportamentos
negativos e depois reclamam. Reclamar é inútil, pois a única saída é analisar a
situação e buscar uma solução. Repetir os mesmos erros e esperar que os
resultados melhorem é acumular frustrações. Isso só pode nos deixar infelizes.
Por que muitas pessoas obesas ou com sobrepeso têm tanta dificuldade em perder peso? Por que provavelmente repetem práticas comportamentais e emocionais que dificultam o emagrecimento. De forma simplificada, podemos dizer que essas pessoas ficam presas num círculo vicioso que as impede de concretizar seus objetivos.
Por isso é importante AGIR, começar agora a mudar a situação indesejada: estudar, trabalhar, cuidar da saúde, estabelecer relações prazerosas, adquirir novos hábitos de vida, organizar-se.
Manter vínculos com pessoas que possam dar
apoio e estímulo para novas conquistas pode ajudar na superação dos problemas,
mas não se deve esperar que façam o papel de salvadores do fundo do poço.
Cada
pessoa deverá encontrar a melhor solução para si mesma.
O auto conhecimento é a base para qualquer mudança de vida e muitas vezes a ajuda de um psicólogo pode facilitar esse processo.
O auto conhecimento é a base para qualquer mudança de vida e muitas vezes a ajuda de um psicólogo pode facilitar esse processo.
Na vida, podemos ser
problema ou solução. Se formos apenas problema, ninguém gostará de ficar ao
nosso lado, pois provavelmente seremos uma pessoa amarga.
Se formos solução,
teremos a chance de conquistar a maturidade com sabedoria. Cada um escolhe o
seu caminho!
Está sendo bastante comum escutar nas empresas, nas escolas e a imprensa falar de que temos que ser resilientes.
E os resilientes são aqueles que são capazes de vencer as dificuldades, os obstáculos, por mais fortes e traumáticos que elas sejam.
Pode ser desde um desemprego inesperado, a morte de um parente querido, a separação dos pais, a repetência na escola ou uma catástrofe como um tsunami.
O conceito de resiliência passou de uma fase de “qualidades pessoais”, até ao conceito mais atual de compreendê-la como um atributo da personalidade desenvolvido no contexto psico-sócio-cultural em que as pessoas estão inseridas.
Particularmente
na educação é possível ter muito mais êxito, se na vida houver flexibilidade de
se viver ricamente os vínculos e os afetos que nos rodeiam.
A falta de
flexibilidade em situações de traumas e sofrimentos é uma das dificuldades para
harmonizar um projeto de vida.
Saímos da Ciência Lógica e entramos na humana definição de Resiliência.
Não é por casualidade que a palavra "desenvolveram" foi adicionada na frase acima. Todos nós podemos ser resilientes.
Outra análise que pode ser feita, é que a baixa Resiliência tem legitimado a não permanência de muitos profissionais no mercado corporativo, pois nunca, em momento algum, fomos tão cobrados pela nossa capacidade de flexibilização diante das dificuldades.
A
flexibilidade e a riqueza dos vínculos se tornaram objetos de estudos desde os
primórdios da pesquisa sobre resiliência. Elas estavam presentes nas próprias
palavras de Frederic Flach, ao cunhar o termo em 1966 para o âmbito das
ciências humanas, querendo dizer que em face da desintegração
psíquico-emocional, uma pessoa necessita descobrir novas formas de lidar com a
vida e dessa experiência se reorganizar de maneira eficaz. Segundo Richardson,
por exemplo, muito se pode aprender sobre o que seja resiliência,
particularmente quando olhamos para uma pessoa e podemos nela verificar a
presença de um padrão de comportamento de defesa, seguido de padrões de
adaptação e, por fim, da presença de padrões resilientes.
Esses
elementos são organizados e os teóricos costumam chamar de Fatores de
resiliência.
Trata-se do “Questionário do Índice de Resiliência: Adultos -
Reivich - Shatté / Barbosa”.
A escala mensura sete Fatores que constituem a
resiliência:
1) A administração das emoções, descrita como a habilidade de se
manter calmo sob pressão.
2) O controle dos impulsos, compreendido como a
habilidade de não agir impulsivamente e a capacidade de mediar os impulsos e as
emoções.
3) Otimismo, a habilidade de ter a firme convicção de que as situações
irão mudar quando envolvidas em adversidades e manter a firme esperança de um
futuro melhor.
4) A análise do ambiente, descrita como a habilidade de identificar
precisamente as causas dos problemas e adversidades.
5) A empatia, revelando a
habilidade de ler os estados emocionais e psicológicos de outras pessoas.
6) Auto-eficácia,
como a convicção de ser eficaz nas ações.
7) Alcançar Pessoas, a habilidade de se
conectar a outras pessoas para viabilizar soluções para as intempéries da vida.
E, para cada
fator constitutivo mensurado com escore “abaixo da média”, interpreta-se como
uma área sensível da vida. Quando ocorrerem quatro ou mais fatores como escores
“abaixo da média”, compreende-se como uma pessoa em situação de risco. Estes
sete fatores foram selecionados por serem concretos e de possível mensuração,
podem ser ensinados e melhorados em programas educativos específicos.
E agora,
vamos desenvolver resiliência?
Resiliência:
o comportamento dos vencedores!
Sabiamente,
Carlos Drumond de Andrade, escreveu:
“A dor é inevitável. O sofrimento,
opcional”.
Pois, sua lucidez poética já reverenciava uma das maiores
capacidades humanas, atualmente muito discutida e valorizada, tanto na esfera
pessoal quanto na corporativa: a Resiliência.
Este termo provém das Ciências
Exatas, especificamente, da Física; onde se define que Resiliência é a
capacidade que um elemento tem em retornar ao seu estado inicial, após sofrer
uma influência externa.
Por mais que ele seja pressionado, o mesmo retorna ao
seu estado original sem deformação.
Saímos da Ciência Lógica e entramos na humana definição de Resiliência.
Dentro
da Neuropsiquiatria, estudos têm demonstrado que nosso cérebro tem a capacidade
de se moldar diante dos acontecimentos vivenciados em nosso dia-a-dia, sendo
que o ambiente em que estamos inseridos tem grande papel transformador. Nesse
sentido, nossa capacidade de renovação é completa.
E não podia ser diferente
com nossos pensamentos, atitudes e formas de assimilação para determinados
acontecimentos.
Na verdade, a maior certeza que temos é que o ser humano é
único e diferente.
Logo, há diferenças comportamentais em cada indivíduo.
Certas pessoas tornam-se resignadas e acabam aceitando, passivamente, os
dissabores da vida.
Essa resignação compromete a ação de lutar contra o que
ocorre, e a renúncia gera a acomodação frente a cada situação diferente e nova.
Costuma-se dizer que tais pessoas sofrem da "Síndrome da Gabriela":
"eu nasci assim, eu cresci assim, sempre fui assim. Gabriela... Sempre
Gabriela...".
Outras são, totalmente, reativas.
O ambiente é que comanda
sua satisfação pela vida.
Suas reações são reclamar e praguejar, sendo que nem
ao menos tomam alguma atitude efetiva para a mudança.
A revolta é uma das
principais características de comportamento.
Mas, há aquelas que além de
confrontarem as situações, enfrentam as tensões com desenvoltura, fazendo de
cada experiência um aprendizado positivo.
Ao invés de focarem no problema,
focam na solução.
Ou seja, desenvolveram ao longo da vida, um comportamento
resiliente.
Não é por casualidade que a palavra "desenvolveram" foi adicionada na frase acima. Todos nós podemos ser resilientes.
A Resiliência não é um traço de
caráter hereditário que possuímos ou deixamos de possuir. Trata-se de uma
conquista pessoal.
Não é à toa que a superação e o crescimento humano são
potencializados em momentos de dificuldade!
O ser humano precisa enfrentar
desafios para testar seus próprios limites.
Quantos de nós já não vivenciamos
situações de total dificuldade e quando pensávamos que não haveria mais saída,
tempo ou solução, acabamos reabastecendo-nos de mais energia ainda?
Para responder
tal questionamento, destaco duas variáveis fundamentais para o fortalecimento
da Resiliência: disciplina e autoconfiança.
A primeira vem através do tempo.
Esta nos ensina que nosso processo evolutivo é construído diariamente; pois, o
problema não está em nossa realidade, mas na forma como a interpretamos.
Sabemos que não somos senhores do tempo, nem podemos evitar todas as situações
desagradáveis; mas, a maneira como reagimos a elas é que definirá o nosso
sucesso.
Quanto à autoconfiança, essa é a maior característica do comportamento
resiliente.
A superação só acontece porque, antes de tudo, acreditamos em nosso
potencial regenerativo, em nossa capacidade de crer e agir em prol do positivo.
Outra análise que pode ser feita, é que a baixa Resiliência tem legitimado a não permanência de muitos profissionais no mercado corporativo, pois nunca, em momento algum, fomos tão cobrados pela nossa capacidade de flexibilização diante das dificuldades.
O indivíduo que não consegue gerenciar e reverter uma
situação adversa, precisa mudar o foco, ajustar as velas,
"resignificar" o seu modo de vida, para que tais obstáculos e
acontecimentos diários sirvam como promoção de seu desenvolvimento pessoal e
profissional.
Resiliência
reduz riscos de doenças e melhora a qualidade de vida
A resposta é simples: treinando a capacidade de cada indivíduo de desenvolver a resiliência.
Durante o ciclo de vida normal, é necessário ao indivíduo desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as passagens com "ganhos", nas diferentes fases: infância, adolescência, juventude, fase adulta e velhice, incluindo mudanças como de solteiro para casado.
O indivíduo que possui resiliência desenvolve a capacidade de recuperar-se e moldar-se novamente a cada obstáculo, a cada desafio.
Dicas para aumentar a capacidade de resiliência:
* Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade.
* Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação.
* Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar.
* Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o "ponto de apoio para recuperar-se".
* Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança.
* Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom.
* Assumir riscos (ter coragem).
* Tornar-se um "sobrevivente" repleto de recursos.
* Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas).
* Separar bem quem você é e o que faz.
* Usar a criatividade para quebrar a rotina.
* Examinar e reflitir sobre a sua relação com o dinheiro.
* Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer, para em seguida retornar ao estado original.
O estresse é
uma realidade observada hoje nas mais diferentes áreas e setores.
Como manter a
qualidade de vida e o equilíbrio emocional?
A resposta é simples: treinando a capacidade de cada indivíduo de desenvolver a resiliência.
O termo vem da física e significa a capacidade humana de superar
tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades.
O resiliente
é aquele que recupera-se e molda-se a cada "deformação" (obstáculo)
situacional.
O equilíbrio humano é semelhante à estrutura de um prédio, se a pressão for superior à resistência, aparecerão rachaduras (doenças e lesões, por exemplo).
O equilíbrio humano é semelhante à estrutura de um prédio, se a pressão for superior à resistência, aparecerão rachaduras (doenças e lesões, por exemplo).
Dentre as mais diferentes doenças psicossomáticas que se manifestam no
indivíduo que não possui resiliência, estão não apenas o estresse, mas doenças
graves como a gastrite, incluindo ainda problemas como vaginites, doenças
intestinais, hipertensão arterial, entre outros males.
Durante o ciclo de vida normal, é necessário ao indivíduo desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as passagens com "ganhos", nas diferentes fases: infância, adolescência, juventude, fase adulta e velhice, incluindo mudanças como de solteiro para casado.
O indivíduo que possui resiliência desenvolve a capacidade de recuperar-se e moldar-se novamente a cada obstáculo, a cada desafio.
Se transportarmos o
raciocínio para o dia-a-dia, poderemos observar que, quanto mais resiliente for
o indivíduo, haverá menos doenças e perdas e mais desenvolvimento pessoal será
alcançado.
Um indivíduo submetido a situações de estresse e que sabe vencer sem lesões severas (rachaduras) é um resiliente.
Um indivíduo submetido a situações de estresse e que sabe vencer sem lesões severas (rachaduras) é um resiliente.
Já quem não possui resiliência é o
chamado "homem de vidro", que se "quebra" ao ser submetido
às pressões e situações estressantes.
A idéia de resiliência pode ser comparada
às modificações da forma de uma bexiga parcialmente inflada, se comprimida,
adquirindo as formas mais diversas e retornando ao estado inicial, após
pressões exercidas sobre a mesma.
A resiliência consiste em equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, além do aprendizado obtido com obstáculos (sofrimentos).
A resiliência consiste em equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, além do aprendizado obtido com obstáculos (sofrimentos).
Traduzindo em outras
palavras, é atingir outro nível de consciência.
O indivíduo que não possui ou
não desenvolve a resiliência, pode sofrer severas conseqüências, que vão da
queda de produtividade ao desenvolvimento das mais diferentes doenças
psicossomáticas.
Dicas para aumentar a capacidade de resiliência:
* Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade.
* Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação.
* Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar.
* Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o "ponto de apoio para recuperar-se".
* Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança.
* Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom.
* Assumir riscos (ter coragem).
* Tornar-se um "sobrevivente" repleto de recursos.
* Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas).
* Separar bem quem você é e o que faz.
* Usar a criatividade para quebrar a rotina.
* Examinar e reflitir sobre a sua relação com o dinheiro.
* Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer, para em seguida retornar ao estado original.
Dr. Alberto D'Auria é ginecologista e superintentende de Saúde Ocupacional do
Hospital e Maternidade São Luiz
Fonte : Texto retirado, com adaptações, de
Fonte : Texto retirado, com adaptações, de
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